São João – Festa Junina
A celebração de festa neste período do ano era um costume ao qual aderiu grande parte da humanidade é uma questão de importância para os amigos do movimento antroposófico e cristãos. Já na antiga Pérsia, um festival conhecido como “Batismo de Fogo e Água” era associado a um dia que corresponderia aproximadamente a um dia de junho na atualidade.
Na Roma antiga, o festival de Vesta acontecia num dia semelhante em junho, e também era um festival de “Batismo de Fogo”. Para os antepassados europeus, este festival de junho parecia uma retirada e desaparecimento gradual do Deus Baldur – que estava associado ao Sol. Nos tempos cristãos, esta mesma festa tornou-se gradualmente a de São João Batista, o precursor de Cristo Jesus.
O dia de São João, comemorado no dia 24 de junho, festeja-se com alimentos típicos da época e do lugar: milho, e seus derivados (pipoca, canjica, bolo de fubá), amendoim, batata doce, pinhão, bebidas quentes à base de gengibre. Os alimentos são consumidos ao redor de uma fogueira, estouram-se fogos de artifícios, dança-se a quadrilha e nas quermesses existem as brincadeiras. Toda a festa lembra a terra, os produtos da terra, as pessoas que trabalham na terra (os “caipiras”) e a dissolução desta terra transformando-se me calor e luz (a fogueira).
São João desta época é o João Batista que anunciou a vinda do Cristo, realizou o Batismo no Jordão, e que propiciou a incorporação da entidade do Cristo no corpo de Jesus de Nazaré. E então nos lembramos de mais uma festa que ocorreu nesta época: a festa de Corpus Christi ou Corpo de Cristo.
Nesta época nos tornamos mais conscientes do organismo vivo da Terra, lembramos que a terra os alimenta, lembramos dos que trabalham na terra e por fim lembramos que a Terra é o próprio corpo do Cristo, que começou a se transformar num novo Sol por ocasião do evento da Gólgota.
Angélica Justo – Médica Antroposófica e Aconselhadora Biográfica – Fundadadora, gestora e docente da Escola Livre-Antroposofia-Formação e Estudos Biográficos-JF-MG.